quinta-feira, 18 de junho de 2015
IMAGINE... se fôssemos livres para compartilhar conhecimento?
Eu e o Beno estamos desenvolvendo um site de educação, o cuboz.com, há algum tempo já. Ele está quase pronto, já tem bastante gente usando e muita gente anda me perguntando por que tivemos essa idéia e como tudo começou? E resolvi escrever este post porque essa história dá uma boa reflexão.
O cuboz.com é um site feito para que as pessoas possam realmente ter liberdade para compartilhar conhecimento.
Toda essa história de liberdade de expressão e liberdade para compartilhar conhecimento veio quando eu nem entendia direito o real peso disso tudo.
Eu estava no ginásio, antiga sexta série, hoje 5o. ano do ensino fundamental, morava no interior e estudava em uma das melhores escolas da cidade, o que quer dizer que os professores eram contratados de acordo com a vontade dos pais dos alunos. Não dos meus, porque nunca tiveram tempo nem de saber o nome dos meus professores.
Claro que isso teve muitas vantagens, sempre tivemos os melhores professores da cidade, que realmente eram excelentes, hoje sei que devo muito a cada um deles.
Mas um dia aconteceu algo que mudou a minha maneira de enxergar o mundo.
A professora de inglês levou uma música para que a gente fizesse a tradução. Era uma música que quase todo mundo conhece, mas muitos de nós não conhecia na época: "Imagine" do John Lennon.
Para aqueles que não conhecem, é uma música em que ele pede para que a gente imagine como seria um mundo onde as pessoas tivessem os mesmos direitos e vivessem como um só povo, sem fronteiras, barreiras, preconceitos e classes sociais.
Não demorou muito para que um dos milionários da sala perguntasse: "Você é comunista professora?"
A resposta dela foi: "Seria muito legal se esse mundo do qual ele fala na letra da música pudesse existir, eu ia gostar de viver nele, mas infelizmente temos que ser realistas, comunismo não consegue sobreviver num mundo capitalista."
Eu amei a música, amava a professora e amava aulas de inglês, então para mim foi o máximo.
No outro dia, cheguei para a aula e estava a maior confusão na sala. Todo mundo comentando que a professora havia sido demitida.
Perguntei o que tinha acontecido? E alguém respondeu: "Ela estava ensinando a gente a ser comunista."
E eu falei: "Ela não estava ensinando a gente a ser comunista, ela só explicou o que é o comunismo."
E alguém falou: "Pois ela não devia ter explicado. E se a gente começa a achar que é certo?"
Naquele momento caiu a minha ficha: O que mais não estavam me ensinando por medo de eu achar que era certo?
Fiquei com aquilo na cabeça por anos, claro que nunca mais acreditei no que me contavam. Sempre que alguém me ensinava algo eu tinha que pesquisar o outro lado da história e formar minha própria opinião. Nunca mais acreditei na primeira versão que escutava.
Desde a sexta série eu sempre quis fazer algo para ajudar as pessoas a ensinarem e compartilharem o que sabem, como, quando e da maneira que quiserem.
Quando conheci a internet pensei: "Pronto! Está feito! Todo mundo agora pode compartilhar o conhecimento que quiser." E foi mesmo o máximo, muita coisa veio às claras. Mas aquela história da professora de inglês que foi demitida por tentar ensinar comunismo na escola ainda não havia sido resolvida.
Mesmo com toda a tecnologia existente no mundo e com toda a tecnologia que as escolas estão utilizando, os professores ainda têm que seguir o programa escolar e ainda continuam ensinando apenas o que podem.
A grande maioria dos professores não consegue ter uma plataforma de ensino online, pois elas não são baratas e a maioria precisa de programadores para implementar o que demanda tempo e dinheiro.
Além disso existem os professores que ensinam de graça e não conseguem investir tempo e dinheiro em uma plataforma.
E nós, estudantes ou pessoas normais como eu e você, que não precisam de uma plataforma de ensino, pois já estudam ou fazem cursos online, mas que gostariam de ter um lugar para poder compartilhar o que estão aprendendo e debater para descobrir se aquilo está certo ou errado e discutir idéias para formarem sua opinião.
Eu sempre pensei nisso e acontece que eu e o Beno abrimos uma empresa de Desenvolvimento Web e um dia fomos contratados para desenvolver uma plataforma de e-learning gigantesca, com aulas ao vivo e ferramentas de aprendizado colaborativo.
A plataforma foi um sucesso, os professores amavam os alunos amavam mais ainda e naquele momento nós nos apaixonamos por trabalhar com educação.
Em pouco tempo começamos a receber muitos pedidos da mesma plataforma.
Foi quando ouvimos falar a respeito da Khan Academy. Khan é um professor que coloca seus vídeos no Youtube de graça e recebeu um milhão de dólares do Bill Gates para criar uma plataforma de Ensino à distância.
A plataforma que nós havíamos criado também não era barata. Então pensamos em todos os os professores do Youtube que dão aula de graça e não receberam 1 milhão do Bill Gates. E se existisse uma plataforma online para que todo mundo pudesse compartilhar seu conhecimento?
Resolvemos mudar nosso projeto e fazer o cuboz.com que é uma a primeira Comunidade de Redes Sociais de Aprendizado do mundo. Qualquer pessoa pode ter uma Rede Social com ferramentas de educação para aprender em grupo, um MOOC (que é uma plataforma de cursos abertos e gratuitos) ou uma plataforma de e-learning.
Tudo isso DE GRAÇA, para que todos possam ter acesso.
Yaaaayyy!!!
E você nem precisa ser professor para ter sua própria Rede Social de Aprendizado, basta querer aprender ou ensinar algo e convidar outras pessoas para aprenderem e ensinarem com você.
Como não recebemos nenhum tipo de investimento e estamos fazendo tudo sozinhos, estamos indo aos poucos. Tudo já está funcionando e já existem mais de 1.500 pessoas usando, mas ainda faltam algumas coisinhas para podermos fazer o lançamento e abrir para todos.
Acredito que dentro de mais um ou dois meses já poderemos fazer o lançamento, mas se você tiver interesse, já pode criar a sua Rede e começar a usar. É só se cadastrar em www.cuboz.com.
Eba!... estamos quase lá...
O cuboz.com está nos dando a oportunidade de trabalhar em algo que amamos e acreditamos. Não queremos ficar de braços cruzados esperando que as coisas mudem como num passe de mágica, queremos fazer a nossa parte.
Jim Rhon tem uma frase fantástica que diz mais ou menos assim: "Planeje sua vida. Se você não planejar sua vida, vai viver de acordo com os planos dos outros e pode ter certeza que eles não vão planejar muito para você."
Se você tem uma idéia que pode melhorar a vida das pessoas, nem que for apenas de algumas, sua comunidade, seu bairro, sua cidade. Coloque-a em prática. Mesmo que não dê certo ou ninguém dê valor para ela e depois de um tempo ela vire experiência, pelo menos você tentou e pode dizer que pelo menos uma vez na vida trabalhou por algo que você acreditava.
Mas se é verdade o que o mestre da mente milionária Napoleon Hill diz, quem não desiste, consegue o que quiser! Qualquer que seja a sua idéia, ela vai dar certo de uma maneira ou de outra! O universo conspira a favor dos bons propósitos.
Se o cuboz.com vai dar certo?!
Já deu!
Já trabalhamos por um sonho, por um ideal, pelo que acreditamos, para mudar algo que não concordamos, pelos outros e por um mundo melhor.
Bora ser feliz e viver uma vida cheia de histórias para contar!
;)
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015
Como ser feliz - Passo1 - Aprenda a real natureza das coisas.
Há algum tempo atrás, comecei a estudar budismo e como todo budista acabei me tornando obcecada por esse tópico, que na verdade é a base do budismo: Como ser feliz o tempo todo, não importa o que aconteça.
Tudo o que vou escrever aqui (e muito mais) você pode encontrar nos livros "Oito passos para a felicidade", "Como solucionar nossos problemas humanos", "Transforme sua vida" ou vários outros do autor Venerável Geshe Kelsang Gyatso.
Bom, vamos direto ao assunto.
O primeiro passo para aprender a ser feliz é entender o que nos faz infeliz, certo?
Geralmente a infelicidade vem da confusão que fazemos na hora de pensar nas coisas que fazem a gente feliz.
A gente geralmente pensa: "Quando eu tiver tal carro, vou ser feliz." "Quando eu tiver tal casa, vou ser feliz." "Quando eu tiver tal companheiro, vou ser feliz." "Quando o mundo for do jeito que eu quero vou ser feliz."
Aí, a gente consegue o carro. Fica muito feliz. Dura 3 meses, aí seu vizinho compra o mesmo carro, só que Turbo, banco que esquenta e friso vermelho no espelhinho. Pronto, bastou pra acabar com a sua felicidade. Seu motor é uma porcaria, seu banco é gelado e agora que você reparou como é feio o carro sem o tal do friso vermelho.
Então, você até que é uma pessoa felizinha, mas pra ser muito feliz mesmo, você precisa da tal casa. Aí, consegue a casa. Linda, perfeita tudo que você sempre quis. Fica feliz que nem se aguenta por seis meses, e então seu cunhado reforma a cozinha e a churrasqueira dele. Pronto, faz seis meses que você comprou a casa e já ficou pequena, a cozinha é horrível e agora você precisa de outra.
Sua felicidade está quase completa, mas pra ser completa mesmo você precisa da mulher/homem dos seus sonhos. Aí, você encontra, vive num mar de rosas, felicidade que não acaba mais... Depois de um ano e meio, vira um pesadelo e você está infeliz novamente.
Bom, Buddha diz que isso acontece porque a gente procura felicidade nos lugares errados. Se a gente começar a entender a natureza das coisas, esse tipo de confusão para de acontecer e a gente começa a procurar felicidade no lugar certo.
Então se a gente pensar bem e usar o raciocínio lógico, faz todo o sentido, olha:
Por que o carro não pode nos fazer feliz? Bom, qual é a natureza do carro? A natureza do carro é fazer a gente feliz? Não, a natureza do carro é transportar, a natureza do carro não é nos fazer feliz.
E a natureza da casa? É te fazer feliz? Não. A natureza da casa é abrigar, não é te fazer feliz.
Tá, mas quando a gente encontra alguém, essa pessoa tem obrigação de fazer a gente feliz, certo?... Errado. A natureza do companheiro é fazer companhia, a natureza do companheiro não é fazer a gente feliz.
A natureza do mundo não é fazer a gente feliz, a natureza do mundo é ser mundo.
Se a gente analisar corretamente a natureza das coisas, vai perceber que poucas coisas, na verdade, apenas uma coisa tem realmente a natureza de nos fazer feliz: nós mesmos, ou melhor, a nossa mente.
Buddha diz que a natureza da nossa mente é ser feliz e que quando a nossa mente está feliz, ficamos felizes o tempo todo com tudo. Nosso carro, nossa casa, nosso companheiro, nosso emprego e nossas escolhas. Ficamos felizes inclusive com as coisas ruins que nos acontecem.
Buscar felicidade fora de nossa mente geralmente causa muito sofrimento, pois não importa o quanto a gente se esforce, as coisas não vão ser exatamente do jeito que a gente quer, simplesmente porque esta não é a natureza delas.
Portanto, cada vez que a gente tenta controlar o incontrolável, a gente só gera sofrimento para nós mesmos e para todo mundo que está em volta.
Ao invés disso, o que podemos fazer é aceitar as coisas do jeito que elas são, prestando atenção e identificando sua natureza.
Quando a gente descobre a natureza das coisas, a gente as liberta e o mais importante, liberta a nós mesmos de ficar tentando incessantemente muda-las quase sempre sem sucesso.
Imagino que assim como eu, você já deve estar exausto e quase desesperado de tentar tanto e nunca conseguir que as coisas sejam como você quer. Então, sabe de uma coisa? Solta!...
No começo é muito difícil abrir mão, soltar, libertar... mas depois de um tempo a gente se sente tão aliviado e tão feliz que começa a entender que aceitar não é sinônimo de fraqueza e sim de coragem.
É preciso muita coragem pra aceitar e começar a mudar, mas por experiência própria posso dizer que em algumas semanas, você já vai ficar assustado ao perceber que não liga mais para coisas que você acreditava que fossem importantíssimas e por causa disso você vai se sentir em paz e vai querer ficar com essa sensação cada vez mais tempo, porque paz interior é felicidade na sua forma mais pura.
Eu obviamente estou começando, falta muito desse caminho ainda pra percorrer, mas tenho certeza que sem a gente perceber, em pouco tempo analisando a real natureza das coisas, estaremos bastante desapegados e desapego é a chave que abre a primeira porta que dá acesso à felicidade.
E eu estou decidida a abrir todas elas!
Bora ser feliz?!
:)
Tudo o que vou escrever aqui (e muito mais) você pode encontrar nos livros "Oito passos para a felicidade", "Como solucionar nossos problemas humanos", "Transforme sua vida" ou vários outros do autor Venerável Geshe Kelsang Gyatso.
Bom, vamos direto ao assunto.
O primeiro passo para aprender a ser feliz é entender o que nos faz infeliz, certo?
Geralmente a infelicidade vem da confusão que fazemos na hora de pensar nas coisas que fazem a gente feliz.
A gente geralmente pensa: "Quando eu tiver tal carro, vou ser feliz." "Quando eu tiver tal casa, vou ser feliz." "Quando eu tiver tal companheiro, vou ser feliz." "Quando o mundo for do jeito que eu quero vou ser feliz."
Aí, a gente consegue o carro. Fica muito feliz. Dura 3 meses, aí seu vizinho compra o mesmo carro, só que Turbo, banco que esquenta e friso vermelho no espelhinho. Pronto, bastou pra acabar com a sua felicidade. Seu motor é uma porcaria, seu banco é gelado e agora que você reparou como é feio o carro sem o tal do friso vermelho.
Então, você até que é uma pessoa felizinha, mas pra ser muito feliz mesmo, você precisa da tal casa. Aí, consegue a casa. Linda, perfeita tudo que você sempre quis. Fica feliz que nem se aguenta por seis meses, e então seu cunhado reforma a cozinha e a churrasqueira dele. Pronto, faz seis meses que você comprou a casa e já ficou pequena, a cozinha é horrível e agora você precisa de outra.
Sua felicidade está quase completa, mas pra ser completa mesmo você precisa da mulher/homem dos seus sonhos. Aí, você encontra, vive num mar de rosas, felicidade que não acaba mais... Depois de um ano e meio, vira um pesadelo e você está infeliz novamente.
Bom, Buddha diz que isso acontece porque a gente procura felicidade nos lugares errados. Se a gente começar a entender a natureza das coisas, esse tipo de confusão para de acontecer e a gente começa a procurar felicidade no lugar certo.
Então se a gente pensar bem e usar o raciocínio lógico, faz todo o sentido, olha:
Por que o carro não pode nos fazer feliz? Bom, qual é a natureza do carro? A natureza do carro é fazer a gente feliz? Não, a natureza do carro é transportar, a natureza do carro não é nos fazer feliz.
E a natureza da casa? É te fazer feliz? Não. A natureza da casa é abrigar, não é te fazer feliz.
Tá, mas quando a gente encontra alguém, essa pessoa tem obrigação de fazer a gente feliz, certo?... Errado. A natureza do companheiro é fazer companhia, a natureza do companheiro não é fazer a gente feliz.
A natureza do mundo não é fazer a gente feliz, a natureza do mundo é ser mundo.
Se a gente analisar corretamente a natureza das coisas, vai perceber que poucas coisas, na verdade, apenas uma coisa tem realmente a natureza de nos fazer feliz: nós mesmos, ou melhor, a nossa mente.
Buddha diz que a natureza da nossa mente é ser feliz e que quando a nossa mente está feliz, ficamos felizes o tempo todo com tudo. Nosso carro, nossa casa, nosso companheiro, nosso emprego e nossas escolhas. Ficamos felizes inclusive com as coisas ruins que nos acontecem.
Buscar felicidade fora de nossa mente geralmente causa muito sofrimento, pois não importa o quanto a gente se esforce, as coisas não vão ser exatamente do jeito que a gente quer, simplesmente porque esta não é a natureza delas.
Portanto, cada vez que a gente tenta controlar o incontrolável, a gente só gera sofrimento para nós mesmos e para todo mundo que está em volta.
Ao invés disso, o que podemos fazer é aceitar as coisas do jeito que elas são, prestando atenção e identificando sua natureza.
Quando a gente descobre a natureza das coisas, a gente as liberta e o mais importante, liberta a nós mesmos de ficar tentando incessantemente muda-las quase sempre sem sucesso.
Imagino que assim como eu, você já deve estar exausto e quase desesperado de tentar tanto e nunca conseguir que as coisas sejam como você quer. Então, sabe de uma coisa? Solta!...
No começo é muito difícil abrir mão, soltar, libertar... mas depois de um tempo a gente se sente tão aliviado e tão feliz que começa a entender que aceitar não é sinônimo de fraqueza e sim de coragem.
É preciso muita coragem pra aceitar e começar a mudar, mas por experiência própria posso dizer que em algumas semanas, você já vai ficar assustado ao perceber que não liga mais para coisas que você acreditava que fossem importantíssimas e por causa disso você vai se sentir em paz e vai querer ficar com essa sensação cada vez mais tempo, porque paz interior é felicidade na sua forma mais pura.
Eu obviamente estou começando, falta muito desse caminho ainda pra percorrer, mas tenho certeza que sem a gente perceber, em pouco tempo analisando a real natureza das coisas, estaremos bastante desapegados e desapego é a chave que abre a primeira porta que dá acesso à felicidade.
E eu estou decidida a abrir todas elas!
Bora ser feliz?!
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